O estúdio Performas acolheu na passada Quinta e Sexta, o espectáculo «ROUGE», da autoria de João Fino (também ele um dos elementos em palco). Para quem estava à espera de um concerto teve um pouco mais, embora não fosse uma peça de teatro ou um musical na sua essência. «ROUGE» é muito mais do que isso. É uma fusão entre um concerto e uma componente visual tanto de cenografia, como de guarda-roupa apuradas, ao ritmo dos temas que se foram desenrolando nas quase duas horas em que esteve em cena.
A atmosfera estava repleta de cor e ambientes sonoros avassaladores, de intimidade pouco comum entre actores, músicos, espaço cénico e público, que não estranhou e entranhou. Os espectadores deixaram fora da sala toda a vida quotidiana e mostraram-se calorosamente intervenientes, sedentos de participar num acontecimento único e fantástico, como poucas vezes acontece em espaços tradicionais, que o Performas não o é – e também, por essa razão, este Estúdio de Artes Performativas, no Teatro Avenida, é peculiar.
Para quem ainda não viu «ROUGE», aconselha-se vivamente a não perdê-lo, pois é vibrante e composto por um elenco bastante competente. No fundo, confirma-se que João Fino é um artista audaz e com ele a palavra surpreendente já é coisa normal.
