terça-feira, 28 de julho de 2009

CARLOS CRUZ E MANUEL COSTA E SILVA, FORAM OS PORTUGUESES PREMIADOS.

Terminaram os “Encontros Internacionais de Cinema, Televisão, Vídeo e Multimédia – AVANCA’09”, encerrando 10 dias de festival e 5 dias de competições e workshops internacionais.
Comemorando a décima terceira edição, no AVANCA’09 e em diferentes categorias, foram seleccionados e exibidos 80 filmes seleccionados de entre cerca de 2000 filmes chegados de 71 países. Com 12 filmes em estreia mundial e 48 em estreia nacional, filmes da Austrália, Áustria, Bélgica, China, Estónia, França, Itália, Turquia, Uruguai e Portugal foram premiados na edição deste ano.
“Li Tong”, do realizador chinês Nian Liu, arrebatou o Prémio Cinema para a Melhor Longa-metragem, tendo o Prémio para a Melhor Actriz sido atribuído à jovem Kang Yao que protagoniza este filme.
Foram ainda distinguidas com Menções Especiais as longas–metragens “Masángeles” de Beatriz Flores Silva (Bélgica, Uruguai) e “Cars of Revolution” de Tolga Örnek (Turquia).
O actor uruguaio Héctor Guido foi distinguido com o Prémio para o Melhor Actor pela sua participação no filme “Masángeles” de Beatriz Flores Silva (Bélgica, Uruguai).
A curta-metragem belga “Candy Darling” de Sílvia Defrance ganhou o Prémio Curta-Metragem.
O Prémio Televisão foi atribuído ao documentário rodado na Ilha do Pico nos Açores “Quatro Paredes e o Mundo” do francês Marc Weymuller.
Nesta categoria foi ainda atribuída uma menção honrosa a “Innenansichten, Views from the inside” de Birte Brudemann e Bartek Kubiak (Áustria) e uma referência a “La Colonna senza fine” da italiana Elisa Mareghetti.
O filme “The Storymaker” da realizadora australiana Emma Rozanski venceu o Prémio Vídeo.
O Prémio Animação distinguiu o filme da Estónia “LILI” de Riho Unt.
Finalmente o Prémio Melhor Fotografia foi atribuído ao também Estoniano Rein Kotov, em “Teine Tulemine” de Tanel Toom.
Uma das categorias mais esperadas deste ano era a “Competição Avanca” que reunia um elevado número de filmes em competição, com a particularidade de todos serem produções da região.
O Prémio foi atribuído à curta-metragem de animação “Um Gato Sem Nome” de Carlos Cruz. Nesta categoria o Júri atribuiu ainda uma Menção Especial a “Café” de João Fazenda e Alex Gozblau.
“1111” de M. F. Costa e Silva ganhou o novo galardão que distingue o Melhor Filme de Estreia Mundial no AVANCA.
Foram ainda atribuídas Menções Honrosas a “Um Gato sem nome” de Carlos Cruz e “Café” de João Fazenda e Alex Gozblau.
Quatro júris constituídos por 17 individualidades de 5 Países, atribuíram 10 prémios e 7 menções honrosas.
O Júri Internacional de Cinema e Vídeo foi presidido por António Reis e constituído pelos realizadores Ahmed Boulane de Marrocos, Alexander Pohl da Alemanha e Justyna Tafel da Polónia.
O Júri da Competição Televisão foi constituído pelos realizadores Artur Correia, Acácio Carreira, Anabela Costa, Manuel Matos Barbosa, a argumentista Ana Lúcia Araújo e a professora universitária Cláudia Moderno.
O Júri da Competição Avanca foi constituído pelo realizador André Marques, os professores Acácio Rodrigues e António Souto, o jornalista Fernando Pinho e o fotógrafo e programador cultural Raul Sousa.
Na Competição Estreia Mundial, o júri foi constituído pelo crítico de cinema Germano Campos e pelo professor universitário Manuel Salvador Lima.
(nota de imprensa - Domingo, 26 de Julho'09)

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Curtas Vila do Conde - Programação de cinema de excelência


A cerimónia de entrega de Prémios decorreu a 11 de Julho no Teatro Neiva. Com sala esgotada, não fosse estreada a curta-metragem “Romance de Vila do Conde” de Manoel de Oliveira. Dos prémios atribuídos o destaque do Júri para a competição Nacional foi para o filme “Canção de Amor e Saúde" do realizador João Nicolau. O filme que já havia sido seleccionado para a Quinzena dos Realizadores, evento paralelo do Festival de Cinema de Cannes. O Grande prémio do Festival foi atribuído ao realizador Balint Kenyeres com o filme “A História da Aviação", uma co-produção Franco-Húngara que retrata uma Normandia de 1905 e cuja sinopse sugere:”Acabou o picnic, um grupo de pessoas da classe média-alta prepara-se para ir para casa. Estão apenas à espera de uma última fotografia, mas ainda falta alguém do grupo…"Nos Prémios da Competição Internacional, o filme "Madam Butterfly" de Tsai Ming Liang (Taiwan) venceu na categoria Ficção, "Entrevista con la Terra" de Nicolás Pereda (México) venceu na categoria Documentário. O Prémio Animação foi atribuído a "Dust Kid" de Jung Yumi (Coreia do Sul) e o Prix EFA Vila do Conde para a Melhor Curta-metragem Europeia foi atribuído a "Renovare" de Paul Negoescu (Alemanha, Roménia).
Com um profissionalismo amadurecido e gentilmente agraciado pela equipa de quase setenta voluntários da organização. O Curtas mostrou mais uma vez uma programação de excelência. A estrutura da nova “casa” veio proporcionar condições óptimas para continuar a ser um dos festivais de referência do cinema português.

Kaki King - Uma noite surpreendentemente expectante e deliciosa.




Casa das Artes de Ovar, 9 de Julho

Verdadeira conhecedora da arte de explorar a guitarra, Kaki King estreou-se em palcos lusos com os dois mais recentes trabalhos, o EP de 2009 “Mexican Teenagers” e o álbum lançado em 2008 “Dreaming on Revenge”. O concerto desvendou-se numa simbiose na qual a guitarrista e guitarra assumem uma relação inédita e reveladora de um talento raro que ultrapassa o simples dedilhar das cordas e entra nos domínios da percussão e de um manuseamento que extrai sons inesperados deste instrumento. A musa da guitarra que já colaborou com nomes como Michael Brook e Eddie Vedder na banda sonora do filme “Into the Wild”, e que foi nomeada pela Rolling Stone para o “Guitar god”, brilhou na casa de artes de Ovar. A “rainha” da Guitarra Nova-iorquina ofereceu ao parco público presente alguns momentos de pura mestria recomendáveis a serem descobertos na sua discografia.

Avanca - opinião e propostas de fotos...

Num país tão pequeno como o nosso, a proliferação de festivais de cinema está no seu expoente máximo. Difícil para um amante da sétima arte escolher de um leque de quase trinta festivais/mostras existentes optar por um, só no distrito de Aveiro existem sete festivais. Dos que eu frequento o Avanca foi um dos primeiros que fui e um que ano após ano faz parte da minha agenda de visitas. Isto deve-se ao bom ambiente que se consome naquela vila com cerca de cinco mil habitantes, que é invadida por mais de duas centenas de jovens (e menos jovens) entusiastas do meio audiovisual.



De Quarta a Domingo passa a não existir necessidade de olhar para o relógio, não existe hora para começar, os participantes começam a chegar e sabemos que pouco tempo depois somos convidados para o majestoso lanche de abertura. Os workshops tem a hora marcada para muito cedo contudo, a formação propriamente dita começa logo de manhã e termina quando o sol nasce no dia seguinte. Quando a fome aperta, vai-se espreitar as dezenas de barraquinhas da feira gastronómica (que fica mesmo ao lado do “campus”) e deliciamo-nos com os petiscos lá confeccionados.
Os orientadores dos workshops são nomes reconhecidos internacionalmente, e em muitos casos a organização ainda completa (o leque de formadores) com artistas portugueses. Tornando-se a cada ano que passa, difícil a escolha do workshop a frequentar, sabendo que no ano seguinte já não encontramos os mesmos orientadores. Para além das “matérias” a serem abordadas serem sempre diferentes a cada edição, existindo sempre workshops de animação, documentário, ficção, experimental e de direcção de actor.
Avanca é caracterizado pelo enorme “campus”, existindo também as habituais sessões competitivas no modesto auditório paroquial, que se tornam essenciais para repousar um pouco o corpo e mente, principalmente quando se está várias horas em processo de formação.
Avanca requer um espírito de partilha e interacção, uma motivação para descobrir e aprender. Uma visita a Avanca é um rejuvenescimento que se torna obrigatório a cada ano que passa.

terça-feira, 7 de julho de 2009


Três exposições para ver: no Teatro Municipal - "Wish we could tell" de Khalil Joreig & Joanna Hadjithomas esta exposição tem como ponto de partida a dificuldade de viver e entender a modernidade do Líbano, país abalado por sucessivas guerras civis que deixaram toda uma geração órfã de vivências culturais. No Centro de Memória – “No Cinema” de Tsai Ming-liang, Matthias Müller, Christoph Girardet, Graham Gussin, Sandra Gibson / Luis Recoder, Ariane Michel e Cesário Alves que invadiram espaço expositivo por um conjunto de obras que se articulam em torno das ruínas do cinema enquanto espaço físico e dos vestígios materiais dessa experiência, presentes na memória do espectador. Na Solar Galeira de Arte Cinemática reencontramos a obra de Salla Tykkä, artista finlandesa já aclamada a nível internacional, que tem vindo a desenvolver um percurso singular entre a fotografia, o vídeo e o cinema. Inserida numa geração de artistas nórdicos cujo trabalho, fortemente influenciado pelo imaginário da televisão e da música Pop, reflecte sobre o papel da mulher e do homem na sociedade e cultura contemporâneas.

Mais informação em http://www.curtas.pt

Vila Nova de Cerveira e Goian (Galiza, Espanha), 15 a 19 de Julho


Inicia já no próximo dia 15 de Julho a 2ª edição do Filminho. O festival apresenta-se tanto na vila minhota de Cerveira como na povoação vizinha do lado Espanhol - Goian. A mística de um festival internacional que conta com filmes de vários países, mas que decorre em dois países ao mesmo tempo, torna o Filminho um festival transfronteiriço - único no panorama ibérico. Esta segunda edição conta com uma retrospectiva de Edgar Pêra, para além das habituais sessões competitivas, onde se destacam os filmes rodados na raia, como é o caso de “Mulheres da Raia” de Diana Gonçalves.
Toda a programação no sitio: http://www.filminho.eu

Palmarés FEST


Terminou no passado dia 28 de Junho a quinta edição do FEST – Festival Internacional de Cinema Jovem. Espinho acolheu novamente um dos festivais mais novos e ao mesmo tempo mais emblemáticos festivais de cinema do nosso país.
Com uma forte participação de mais de uma centena de jovens entusiastas do mundo do cinema, oriundos de mais de 20 países de quatro continentes, o Fest com a actividade Training Ground cativou e mostrou-se capaz de criar um verdadeiro campo de conhecimento ao longo de quase uma semana.
Das sessões competitivas que decorreram tanto no auditório da Junta de Freguesia como na sala de cinema do casino Solverde, o Juri entregou as seguintes distinções: premio melhor videoclip Dictie magic (Bélgica), uma menção honrosa a Ragana A-A-A-A (Lituania), na secção Experimental o premio foi entregue ao filme OITA , Diary of the Distance (Argentina). Na secção melhor documentário a escolha foi para o filme The Italian Doctor (Dinamarca).Na Categoria de animação o Júri decidiu atribuir o premio ao filme “Chump and clum”(Alemanha), e atribuir uma menção honrosa ao filme “Touchdawn of the dead” (Bélgica).Na Categoria de Ficção o Júri decidiu atribuir o premio em ex equo, aos filme “Hay cosas que no se olvidan” (Espanha) e a “passeo” (Espanha). Na secção de grande premio nacional o Júri decidiu atribuir o premio a “O direito á infelicidade”. Na Categoria Castelo de Prata - Longa metragem (e sem grandes dúvidas) a distinção para o filme “The Home of Dark Butterflies – Finlândia e uma Mensão Honrosa para: Klass da Estónia.
Ambos os filmes premiados foram bastante aclamados por parte do público e recomendo o seu visionamento por parte do leitor.

Capa para a edição JuveMove'09