















Existem muitas raparigas a tocar guitarra, algumas a tocar
bem, e a Kaki King. Sendo a segunda vez que a vi em solo português, esta menina
está a tocar cada vez mais e melhor. O concerto teve um ritmo absolutamente
avassalador, a americana transmite uma vibração arrebatadora desde o primeiro
ao último acorde. Um concerto transversal ao seu já longo percurso, contando
com cinco álbuns de originais. Ao contrário de concerto de Ovar, desta vez
apresentou-se a solo, numa versão mais intimista, parecendo mesmo que estava a
tocar para um grupo de amigos, e não eram?! Isto porque as quase duas dezenas
de almas que estiveram presentes no grande auditório do Cine Teatro de
Estarreja sabiam ao que iam, sabiam o que esperavam, muitos fizeram uma longa
jornada de viagem para rever um dos mais promissores talentos indie do novo
milénio. Um brilhante concerto de final de tour, uma despedida um pouco rápida,
não fosse o forte desejo de voltar a casa, contudo, memorável como sempre. Para
repetir assim que vir a solo luso, com novo álbum é claro.