quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Clip 375 - 1 de Setembro 2011

Amanhã nas bancas juntamente com o Diário de Aveiro o Clip especial "férias"!! Ou melhor o Clip que conta como foi Nuno Prata na Bienal de Cerveira, Energie Vilar de Mouros, Paredes de Coura (parceria com João Nuno Silva), e Entre Muralhas (Ângelo Fernandes)! A não perder!!!

domingo, 28 de agosto de 2011

Nuno Prata @ Bienal de Cerveira - 27 Agosto 2011









Foi com um auditório praticamente cheio que acolheu o concerto de Nuno Prata. Como o próprio Sérginho anunciou ao final da segunda música,” afinal está cheio”! Nem mesmo os insectos que andam a proliferar pelo Minho, impediram um excelente concerto da tournée do álbum “Deve Haver”, segundo registo de originais do ex- Ornato Violeta.
Com o tempo instável o concerto foi uma antítese às condições meteorológicas, para quem já o tinha visto em Novembro passado no auditório do Mercado Negro em Aveiro, este concerto foi mais sólido e uma prova mais que evidente que a “estrada” é um bem necessário fortalecendo as simbioses.
Desde “Cala-te e Come” até ao “Já não me importo”, o concerto com quase duas dezenas de canções focou-se no segundo álbum a solo do artista portuense, acompanhado de Nicolas Tricot (ex- Red Wings) e António Serginho, que alegraram o publico presente no misto de música bem esgalhada a compor com material convencional percussões, guitarra e alguns “fora de normal” como uma chapa de zinco, um serrote, um teclado de computador ou uma garrafa de água. Misturando sátira, realidades quotidianas e velhas manias, Nuno Prata revela uma lado poético em tudo o que faz, transparecendo uma natureza da própria existência.


sábado, 27 de agosto de 2011

Energie Vilar de Mouros 2011




A primeira edição deste festival, foi abençoado pela quantidade de chuva que se fez sentir durante grande parte da noite. Apesar das condições adversas o recinto recebeu mais de dez mil participantes repartidos inicialmente pelos quatro zonas existentes: palco Energie, palco electrónica, palco novas tendências e tributo a Vilar de Mouros, reduzido devido às condições climatéricas a duas zonas, o palco electrónica acabou por ficar na tenda fechada tendo recebido muitos adeptos que não pretendiam ficar molhados, e o palco Energie.

As verdadeiras honras de abertura foram para os Olivetreedance , banda oriunda do Porto, começou da melhor forma esta verdadeira noite de concertos. Com os seus Didgeridoo de grandes dimensões Renato Oliveira juntamente com Márcio Pinto nas percussões movimentaram o publico para uma dança tribal, característica do som que produzem.

O mau tempo já tinha começado quando o Macelino da Lua chegou ao palco principal do evento. Com uma sonoridade Groove característica do mesmo e com Fernanda Porto que colaborou em alguns temas colocaram a audiência em êxtase. Agradecendo várias vezes ao publico que apesar de chover copiosamente durante todo o concerto na saiu da frente do palco para o ouvir.

Com uma mudança de logística muito grande, o concerto de Richie Campbell começou com mais de uma hora de atraso. Com mais de seis anos a fazer musica pelos quatro cantos do mundo Richie Campbell respira sons quentes oriundos de Cabo Verde ou da Jamaica, utilizando o reggae um veiculo privilegiado, o que não foi excepção na actuação de Vilar de Mouros.

Os multi-premiados franceses Dub Inc. subiram ao palco Energie transmitindo uma força arrebatadora. Com um forte presença de fans que entoavam a grande maioria dos temas. Já habituais no nosso mapa de concertos, reconhecem o público que o espera mantendo numa energia vibrante.

A noite continuou ao som dos dinamarqueses Who Made Who. O trio oriundo de Copenhaga brindou os presentes com um som de fusão, fruto das várias bases musicais de cada um dos elementos, Tomas Høffding veio de uma banda de rock underground Escandinávia, o vocalista (e letrista) Jeppe Kjellberg veio de uma formação de jazz e o baterista Tomas Barfod vem do universo electrónico. Tendo lançado vários eps desde 2003 só viram em 2005 o seu álbum de estreia ver a luz do dia. Com esta mistura de tantas influências o ritmo era avassalador e digno de um momento mais seco no recinto. O São Pedro ajudou à festa e assim todos em conjunto fizeram um dos concertos de referência desta primeira edição do Energie.

Antes da saída do escriba do recinto, os Buraka Som Sistema já tinham subido ao palco. Desta vez em versão DJ/MC. A grande maioria do público estava à espera deles e mesmo com todas as questões adversas, não se ausentou e manteve-se animado para o já habitual fluxo de batida de kuduro característica desta formação.

Destaque ainda para uma decoração de recinto absolutamente irrepreensível, a começar pela decoração com vídeos (criados pela Dub Video Connection ) da capela que existe no recinto, um facto invulgar e que fez muitos curiosos ficarem durante algum tempo a deliciar-se com a projecção. E mais uma vez se não fosse o caso de a chuva ter assolado com o evento prometia ser uma verdadeira edição.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Paredes de Coura 2011

Ambiente

Ambiente


Here We Go Magic

Twin Shadow

We trust

Warpaint

Warpaint


Blonde Redheat

Pulp

Ambiente - Espaço Ant3na

THE JOY FORMIDABLE

Trail of Dead

Deerhunter

Ambiente
Summer Camp
Summer Camp

Battles

Chapel Club

Kings of Convenience


Marina & The Diamonds

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

BlueSoul 2011

Budda Power Blues

Budda Power Blues

Budda Power Blues

DD Peartree


Woodraft


Budda Power Blues, 16 de Agosto


Chegados de Braga, o trio Budda Power Blues, composto por Budda (guitarra e voz), Nico (bateria e voz) e Tó Barbot (baixo), apresentaram-se a um público gracioso que se formou para o ver na Praça da Republica em Vila Praia de Âncora. Nem o cheiro a maresia danificou o aroma particular das exaltações e dissonâncias, grito de liberdade que envolve esta formação que demonstra onde se estabelece o blues electrificado do Delta ou blues rock psicadélico londrino, originando um blues de dimensão quase mundial.Marcadamente influenciado pela Band of Gypsys de Jimi Hendrix, o concerto foi marcado por uma boa dose de blues, e pela afluência do público que passava e ia ficando e aquele que não aguentou com o chuvisco que esteve presente ao longo do concerto foi-se ausentando não ficando a ver uma das poucas provas de música na praça.


DD Peartree, 17 de Agosto


Torna-se evidente para um músico que vive em vários lugares absorve uma mistela de influências. Dieter Pereira é um luso irlandês, que durante a sua infância viveu entre a ilha da Madeira e na verde e exótica Irlanda, a misturar uma parte das suas vivencias na Noruega. Escolhido por Henrique Amaro para integrar um tema no “Novos Talentos” compilação da Fnac em 2010, DD Peatree espera ainda conseguir uma editora para lançar o seu primeiro álbum de originais.O concerto que aconteceu na Praça Calouste de Gulbenkian começou a solo e ao final do quarto tema teve a companhia dos Woodraft. Grupo de Lisboa e composto por Carlos Talhão ( teclas,voz,composição), Luís Ferreira (guitarras), Luís Oliveira (baixo,composição) e Flávio Pena (bateria). Músicos com varias influencias musicais com um denominador comum os blues rock. Criaram em Caminha uma atmosfera sonora rica, tendo o curto concerto sabido a pouco. Com um cenário idílico este grupo cativou o público apresentando zonas de intersecção e interesses comuns inesgotáveis relembrando a excelente atmosfera quente e harmoniosa que se fazia sentir.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Folkcelta 2011 @ Ponte da Barca

Ambiente

MU


MU

MU
Judith Mateo

UXIA
UXIA

UXIA

ADUF + UXIA

ADUF

ADUF
ADUF

Folkcelta, Ponte da Barca, 12 e 13 de Agosto
O festival celta regressou ao Minho

Com Agosto a tradição compre-se, regressam a casa os emigrantes e as vilas e aldeias enchem-se de um movimento que só se almeja durante o verão. É nesta altura que em muitos recantos deste país festejam os seus santos populares e as festas populares juntam centenas de fieis. É por esta altura que a pequena vila de Ponte da Barca recebe um curioso festival celta.
Os portuenses UM, tiveram honras de abertura desta quarta edição do festival Folkcelta. Não foi preciso muito tempo para marcarem o ritmo da festa. Com um percurso musical sólido, tendo já editado dois álbuns e estando para sair um terceiro ainda no decorrer deste ano. A sua música é uma fusão e experimentação no seio da música tradicional. A reunião de instrumentos oriundos de lugares tão diversos como a Índia, o Brasil, Marrocos, Suécia permite à banda descobrir uma viagem por mundos perdidos e resgatá-los até à actualidade. Entre danças esvoaçantes, vozes femininas e instrumentos variados os MU criaram ao vivo um ambiente de alegria contagiante.
Estavam a dar as doze badaladas quando Judith Mateo subiu ao palco. Com o seu estilo peculiar dentro do movimento celta espanhol, transmite, para o público, o seu dinamismo e virtuosismo como violinista. Com uma mistura de celta e algumas combinações do rock clássico, referencia a Deep Purple com Smoke on the Water, o concerto revela uma mistura de orientações e sentidos não existindo barreiras de espaços previamente estereotipados dentro da sua música. A harmonia do violino une-se ao do bodhran, à guitarra eléctrica, ao baixo, à flauta, à gaita, à bateria e à voz irlandesa de Danny Boyle, tendo proporcionado um espectáculo contemporâneo com uma cenografia cuidada e grandes efeitos visuais.
A segunda noite começou com Uxia, que veio a Ponte da Barca apresentar o seu último trabalho, “Meu Canto”, uma releitura dos temas fundamentais do seu repertório e de outros que até hoje nunca tinha abordado, gravado durante uma tournée no Brasil criando uma simbiose de sons entre a Galicia e o Brasil. A leveza da excelente voz da artista Galega, misturada com os Brasileiros Fred Martins e Sérgio Tannus, deixou a assistência rendida ao cancioneiro Galego, Português e Brasileiro.
Não poderia ter terminado melhor estas dobradinhas entre Portugal/Espanha com os Aduf. Projecto Lisboeta concebido a partir de um convite da Expo 98 a José Salgueiro, tendo como mote um instrumento de percussão de origem árabe – o adufe – com uma longa tradição na música popular portuguesa, em particular nos cantares femininos da Beira Baixa.
Os adufes de grandes dimensões marcam este espectáculo, imprimindo um ritmo forte a todo o espectáculo. Ainda liderado por José Salgueiro e acompanhado por José Peixoto e Maria Berasarte do País Basco. Quase a terminar o concerto subiu ao palco mais uma vez a Uxia para um dueto gracioso. O Folkcelta terminou esta quarta edição de uma forma tão especial que só nos faz esperar por uma quinta edição a superar a já excelente qualidade deste evento Minhoto.