sábado, 27 de agosto de 2011

Energie Vilar de Mouros 2011




A primeira edição deste festival, foi abençoado pela quantidade de chuva que se fez sentir durante grande parte da noite. Apesar das condições adversas o recinto recebeu mais de dez mil participantes repartidos inicialmente pelos quatro zonas existentes: palco Energie, palco electrónica, palco novas tendências e tributo a Vilar de Mouros, reduzido devido às condições climatéricas a duas zonas, o palco electrónica acabou por ficar na tenda fechada tendo recebido muitos adeptos que não pretendiam ficar molhados, e o palco Energie.

As verdadeiras honras de abertura foram para os Olivetreedance , banda oriunda do Porto, começou da melhor forma esta verdadeira noite de concertos. Com os seus Didgeridoo de grandes dimensões Renato Oliveira juntamente com Márcio Pinto nas percussões movimentaram o publico para uma dança tribal, característica do som que produzem.

O mau tempo já tinha começado quando o Macelino da Lua chegou ao palco principal do evento. Com uma sonoridade Groove característica do mesmo e com Fernanda Porto que colaborou em alguns temas colocaram a audiência em êxtase. Agradecendo várias vezes ao publico que apesar de chover copiosamente durante todo o concerto na saiu da frente do palco para o ouvir.

Com uma mudança de logística muito grande, o concerto de Richie Campbell começou com mais de uma hora de atraso. Com mais de seis anos a fazer musica pelos quatro cantos do mundo Richie Campbell respira sons quentes oriundos de Cabo Verde ou da Jamaica, utilizando o reggae um veiculo privilegiado, o que não foi excepção na actuação de Vilar de Mouros.

Os multi-premiados franceses Dub Inc. subiram ao palco Energie transmitindo uma força arrebatadora. Com um forte presença de fans que entoavam a grande maioria dos temas. Já habituais no nosso mapa de concertos, reconhecem o público que o espera mantendo numa energia vibrante.

A noite continuou ao som dos dinamarqueses Who Made Who. O trio oriundo de Copenhaga brindou os presentes com um som de fusão, fruto das várias bases musicais de cada um dos elementos, Tomas Høffding veio de uma banda de rock underground Escandinávia, o vocalista (e letrista) Jeppe Kjellberg veio de uma formação de jazz e o baterista Tomas Barfod vem do universo electrónico. Tendo lançado vários eps desde 2003 só viram em 2005 o seu álbum de estreia ver a luz do dia. Com esta mistura de tantas influências o ritmo era avassalador e digno de um momento mais seco no recinto. O São Pedro ajudou à festa e assim todos em conjunto fizeram um dos concertos de referência desta primeira edição do Energie.

Antes da saída do escriba do recinto, os Buraka Som Sistema já tinham subido ao palco. Desta vez em versão DJ/MC. A grande maioria do público estava à espera deles e mesmo com todas as questões adversas, não se ausentou e manteve-se animado para o já habitual fluxo de batida de kuduro característica desta formação.

Destaque ainda para uma decoração de recinto absolutamente irrepreensível, a começar pela decoração com vídeos (criados pela Dub Video Connection ) da capela que existe no recinto, um facto invulgar e que fez muitos curiosos ficarem durante algum tempo a deliciar-se com a projecção. E mais uma vez se não fosse o caso de a chuva ter assolado com o evento prometia ser uma verdadeira edição.